Dispositivo faz parte de estudo para avaliar proliferação do inseto e direcionar ações de combate
Na manhã desta quarta-feira, 24, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) iniciou a instalação de 40 armadilhas para capturar o Aedes nos setores Flamboyant e Jardim Taquari. O dispositivo, chamado ovitrampas, serve para observar e avaliar, de maneira rápida e eficiente, a quantidade de ovos que o mosquito consegue depositar em local com água parada. Esse procedimento faz parte de um estudo que visa direcionar as ações de combate e os locais de atuação das equipes.
A instalação das armadilhas está sendo feita pelos agentes de combate às endemias (ACE) que passaram por uma capacitação realizada pelas coordenações de controle vetorial e entomofauna da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ). O dispositivo consiste em um recipiente preto com água e, para atrair a fêmea, coloca-se levedura de cerveja. Para complementar, é acrescentada uma palheta de madeira para facilitar a postura dos ovos.
As ovitrampas foram instaladas em residências em um raio de 300 metros uma da outra e permanecerão lá por cinco dias consecutivos, sem gerar perigo aos moradores, pois será retirada antes da fase adulta que acontece normalmente entre sete e dez dias. O processo será repetido nos meses seguintes até o final do ano.
Estudo
Palmas foi uma das selecionadas para participar do projeto de pesquisa idealizado pelo Ministério da Saúde (MS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria de Estadual de Saúde (SES), intitulado ‘Fortalecimento da Vigilância Entomológica do Aedes sp. através das armadilhas ovitrampas’. Após a retirada mensal dos dispositivos, as palhetas serão levadas para laboratório da UVCZ para análise para verificar se é o Aedes aegypti e albopictus.
Os dados coletados serão tabulados em dois sistemas de informação que são o conta ovos da Fiocruz e o Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SISPNCD) do MS. Além disso, com as análises, a Semus irá criar mapas de calor e híbrido da situação do bairro monitorado para auxiliar em estratégias de combate e prevenção.
De acordo com a bióloga da UVCZ, Lusy Disney Gomes de Andrade Almeida, que é uma das responsáveis pelo projeto em Palmas, se os resultados das pesquisas forem eficazes, serão estendidos para outros bairros e setores. O carpinteiro Domingos Ferreira de Brito, de 69 anos, que tem um bar no Jardim Taquari, foi um dos moradores que aceitou a instalação das ovitrampas. “Eu tomo as precauções, limpo tudo, copo plástico que os clientes jogam, tampinhas de garrafa, então é interessante saber se tem mosquito da dengue aqui em casa”.
Texto: Semus Palmas
Edição: Denis Rocha/Secom
Agencia Palmas