A estabilidade da Prefeitura de Palmas atrai gerações distintas com um ponto em comum, crescer e viver em uma jovem e acolhedora cidade

Fundada em 1989, pouco após a criação do Estado do Tocantins, Palmas foi inaugurada com o objetivo de se tornar um polo de irradiação de desenvolvimento econômico e social do Estado. Levando em seu nome uma homenagem à comarca de São João da Palma e também pela ampla quantidade de palmeiras na região, a cidade se desenvolveu muito nos últimos anos, alcançando um espaço significativo entre as capitais do Brasil.

Com uma população total de mais de 300 mil pessoas, a Capital mais jovem do País cresceu com a vinda de pessoas dos lugares mais diversos do Brasil. Nesta reportagem especial, conheceremos a história de dois palmenses de coração, que se encantaram com a beleza desta cidade. Raimundo Nonato Dias, 60 anos, formado em Serviço Social e servidor municipal há mais de três décadas, e Estéfhane Lara Lopes Rodrigues, 24 anos, psicóloga e recém-aprovada no concurso do Quadro Geral da Prefeitura. 

Confira a seguir as suas histórias:

Raimundo Nonato Dias“Estava apenas de passagem, mas me encantei e decidi ficar”

Perto de comemorar 33 anos em Palmas, Raimundo Nonato Dias veio do Pará passar uma temporada em Xambioá, município no Norte do Tocantins, e chegou na Capital decidido a ir para outro lugar, definindo sua estadia aqui apenas como passageira. Em busca de trabalho e de melhores oportunidades de vida, encontrou o que desejava na cidade, algo que acabou mudando seus planos iniciais. E, mesmo com todas as dificuldades que enfrentou inicialmente na cidade, ele decidiu ficar. 

Conseguindo um contrato na época de assistente administrativo na secretaria de uma escola municipal, na Arse 112, Nonato iniciou seus trabalhos para a Prefeitura. Por estar envolvido com o serviço público, ficou sabendo da liberação do primeiro concurso municipal, realizado no ano de 1992. “Eu soube do concurso pois já estava na Educação. Era para o Quadro Geral, com vagas para todas as secretarias, mas decidi me manter no cargo que ocupava e acabei me inscrevendo para assistente administrativo, que aceitava o meu nível médio”, relembrou ele. 

Com o mesmo tom de nostalgia, ele se recordou dos perrengues que passou na cidade recém-criada e ainda sem infraestrutura básica. “A vida era muito difícil porque não tinha asfalto, faltava energia e água. Quando andava no final da tarde, se olhasse para o céu, tudo estava amarelo. Amarelo não era porque ia chover, mas por causa do barro, poeira, terra que ficava solto no ar”, comentou ele, rindo. “Tudo era difícil, mas muito bom para se viver e trabalhar. Para banhar, reuníamos vários colegas e íamos para o córrego que ficava onde hoje é o Parque Cesamar. Era bastante divertido”, disse saudoso. 

Segundo ele, esses perrengues também sumiram de uma hora para a outra, pois a cidade começou a crescer. “Se você demorasse um mês para voltar em um lugar, quando fosse lá não iria mais reconhecer. Foi muito rápida a evolução, pois cada vez mais pessoas chegavam buscando um futuro promissor, mais empresas vieram também. O que gerou ainda mais desenvolvimento”, afirma Nonato. Ao ser questionado se houve algum arrependimento das decisões que tomou, ele emitiu um sonoro “não”. “Foi muito difícil, mas hoje sou muito grato a tudo que aconteceu e a Palmas pelo que eu construí. Estava apenas de passagem, mas me encantei e decidi ficar”, falou animado. 

Ao ser questionado sobre as dificuldades de saber o que acontecia na Capital e, em especial, na Prefeitura no início da cidade, Nonato recorda as rodas de conversas com outros servidores e afirma que hoje em dia é mais fácil ficar sabendo das coisas. “Antes as notícias eram boca a boca. Todo final de expediente nos reuníamos para banhar e conversar, ficando sabendo do que acontecia assim. Já hoje em dia temos o Agência Palmas, o Palmas Agora e a rádio Sintonia Capital, sem falar nas redes sociais. Está tudo mais fácil”, finalizou ele.  

 

Estéfhane Lara Lopes Rodrigues“Meu coração seguiu escolhendo Palmas e Palmas me escolheu de volta”

Natural de Araguatins, no Bico do Papagaio, Esthéfane iniciou oficialmente sua história com Palmas no ano de 2022 após iniciar um estágio ainda durante sua formação em psicologia na Universidade Federal do Tocantins (UFT). A jovem inicialmente fazia viagens de ida e volta para Miracema, lugar onde estava morando devido à faculdade e, aos poucos, foi trazendo suas coisas pessoais para casa de sua tia. “Minha tia Quenizia já morava em Palmas desde 2003. Ela me acolheu aqui e tem me ajudado muito.” Esthéfane ressalta ter tido muito apoio de sua família durante sua trajetória de mudança para Palmas. 

Ela afirma que desde seus 17 anos sempre teve a vontade de se mudar para a Capital mas, devido à pouca idade ,sua mãe não permitia. Viu a faculdade de psicologia como uma oportunidade de se aproximar desse sonho, e a proximidade de Miracema e Palmas foi um dos critérios para que escolhesse o que iria cursar no ensino superior. “E, quando percebi, passava mais tempo aqui e já me sentia parte da cidade. Aprendi a andar de ônibus, sabia como interpretar os endereços, explicar sobre o Plano Diretor, a localização das quadras e me choquei quando comecei a relativizar distâncias e falar “é aqui perto” para me referir a um lugar que ficava a cinco rotatórias de distância.”

Estéfhane foi aprovada em primeiro lugar para vaga de psicóloga do Quadro Geral do último concurso público municipal  “No ano passado quando foram divulgadas as notícias que iriam acontecer o concurso, minha tia me mandou e minha família sempre me incentivou a estudar para prestar concurso público. Minha mãe fez um acordo comigo de que ela iria pagar as inscrições e eu poderia pagar o curso preparatório e assim eu fiz, abdiquei das horas de lazer e foquei nos estudos a partir do mês de janeiro.”

A psicóloga reconhece que ao ingressar em um serviço público, independente do lugar que estiver, deve se dedicar ao máximo para entregar o melhor serviço a quem precisa e garante se comprometer em fazer sua parte para que Palmas seja referência de excelência nos serviços prestados aos seus habitantes. “Vi a oportunidade de ficar aqui e me agarrei a isso. Sinto muitas saudades da minha família no interior, já tive oportunidades de voltar para lá mas meu coração seguiu escolhendo Palmas e Palmas me escolheu de volta.”

 

Texto: Ana Júlia Mota e Paulo Lourenço Dias – estagiários sob a supervisão da Diretoria de Jornalismo da Secom

Agencia Palmas

18 de maio de 2024

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